Entenda a polêmica envolvendo as células-tronco
A importância das células-tronco deriva de seu potencial para se transformar em qualquer célula ou tecido de um organismo, o que é especialmente promissor para o tratamento de doenças degenerativas.As células tronco são capazes de se dividir e transformar em qualquer outro tipo de célula, um verdadeiro "coringa" do organismo.
Há dois tipos de células-troncos encontrados naturalmente: as células-tronco embrionárias, que como o próprio nome diz, vêm do embrião; e as adultas, encontradas principalmente na medula óssea e no cordão umbilical.
As células-tronco embrionárias são derivadas da massa de células internas do embrião quando ele está no estágio conhecido como blastocisto, de quatro a cinco dias após a fecundação. Essas células são chamadas de pluripotentes, o que significa que elas são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula adulta, de neurônios a pele.
Elas estão presentes apenas nos primeiros estágios da formação de um organismo. Veja a evolução do óvulo fertilizado até a origem do embrião:

As células-tronco adultas são encontradas no organismo já desenvolvido, e podem se dividir e gerar tanto uma nova célula idêntica quanto outra mais diferenciada, usada para regenerar tecidos danificados e células mortas. Menos versáteis que as células-tronco embrionárias, elas, no entanto, não causam polêmica porque sua obtenção não depende de embriões. É possível encontrar esse tipo de célula na medula óssea e no sangue do cordão umbilical.
 Menos    versáteis que as células embrionárias, elas, no entanto,    já estão sendo aplicadas na medicina para o tratamento de diversas    doenças. O mais comum é o tratamento da leucemia, através    do transplante de medula óssea. Cientistas estão dando os primeiros    passos para tratar também a esclerose múltipla e a esclerose lateral    amiotrófica.
Menos    versáteis que as células embrionárias, elas, no entanto,    já estão sendo aplicadas na medicina para o tratamento de diversas    doenças. O mais comum é o tratamento da leucemia, através    do transplante de medula óssea. Cientistas estão dando os primeiros    passos para tratar também a esclerose múltipla e a esclerose lateral    amiotrófica. Em    novembro de 2007, dois grupos separados de cientistas anunciaram a "fabricação"    de células-troncos a partir da pele humana. Com a ajuda de quatro genes    injetados por vírus, os pesquisadores conseguiram fazer células    da pele (ou fibroblastos) reverterem para o estágio de células-tronco.    Na teoria, essas células poderiam, no futuro, substituir as embrionárias.    Seria uma promessa para o fim da polêmica emvolvendo as células    embrionárias, no entanto, até agora, os cientistas não    sabem fabricá-las sem o uso de vírus, o que inviabiliza a aplicação    em humanos. Pelo menos, por enquanto, elas servirão apenas para testes    de remédios. Cientistas pedem mais estudos com as embrionárias,    para poder desenvolver melhor esta técnica.
Em    novembro de 2007, dois grupos separados de cientistas anunciaram a "fabricação"    de células-troncos a partir da pele humana. Com a ajuda de quatro genes    injetados por vírus, os pesquisadores conseguiram fazer células    da pele (ou fibroblastos) reverterem para o estágio de células-tronco.    Na teoria, essas células poderiam, no futuro, substituir as embrionárias.    Seria uma promessa para o fim da polêmica emvolvendo as células    embrionárias, no entanto, até agora, os cientistas não    sabem fabricá-las sem o uso de vírus, o que inviabiliza a aplicação    em humanos. Pelo menos, por enquanto, elas servirão apenas para testes    de remédios. Cientistas pedem mais estudos com as embrionárias,    para poder desenvolver melhor esta técnica.APLICAÇÕES
No cérebro - Regeneração de neurônios perdidos pelo mal de Parkinson e o mal de Alzheimer, entre outros problemas neurológicos.
Nos ossos - Cicatrização de fraturas e tratamento da osteoporose.
No pâncreas - Recuperação da produção adequada de insulina, curando o diabetes.
Na coluna - Tratamento de lesões, recuperando pacientes paraplégicos, e também da esclerose múltipla e da esclerose lateral amiotrópica.
Nos órgãos sexuais - Tratamento contra a infertilidade para casais que não conseguem engravidar.
No coração - Recuperação de áreas infartadas e tratamentos de insuficiência cardíaca.
Nos olhos - Recuperação da visão em idosos e pessoas com problemas de retina.
O estudo e a manipulação tecnógica de células-tronco poderão dar origem a terapias para o tratamento de diversas doenças, para a recuperação de pessoas paralisadas em acidentes e, até, para a criação de tecidos para transplante.
A maioria dos cientistas concorda que a forma mais promissora das células-tronco para o estudo e o desenvolvimento de terapias é a embrionária.
No entato, a extração dessas células leva à destruição de um embrião humano. Muitas pessoas acreditam que o embrião já tem o mesm direito à vida que um ser humano desenvolvido, e deve ser preservado. E aí, reside a polêmica.
As células são retiradas de embriões em estágio anterior a 14 dias e, portanto, o sistema neural ainda não começou a ser formado. A formação do sistema neural é considerada importante porque é a partir daí que o novo ser começa a ter a capacidade de sentir ou desenvolver consciência. Já os críticos das pesquisas afirmam que o desenvolvimento humano é um processo contínuo desencadeado a partir da conepção, e não pode ser interrompido em momento algum.
Em 2005, as pesquisas foram autorizadas no Brasil pela Lei de Biossegurança, mas restritas a embriões sobressalentes produzidos in vitro e congelados há mais de três anos. Hà a resistência: o STF (Superior Tribunal Federal) está avaliando uma ação direta de insconstitucionalidade movida com base no argumento de que a vida começa na concepção.
 
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